Risco da Ruína nas Apostas Esportivas

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Você já se perguntou o porquê dos investidores da bolsa de valores sempre defenderem a ideia da diversificação da sua carteira de ativos?!

O RISCO DA RUINA NAS APOSTAS ESPORTIVAS

Eles defendem esta ideia justamente por conta do risco da ruína. Por risco da ruína, entenda ser 100% (ou quase 100%) do seu capital investido num único tipo de ativo.

Este único tipo de ativo pode ser ações de empresas cotadas na bolsa, fundos imobiliários, criptomoedas, etc. A ideia principal é que é muito arriscado e nada interessante aportar 100% do seu capital num único tipo de investimento.

Ruína nas Apostas Esportivas

Mas por que não é nada interessante aportar 100% do meu capital em, digamos, ações de empresas, Felipe?! Simples, meu amigo…

  • Porque não há nada mais previsível do que a futura ocorrência de imprevistos.

E estes imprevistos têm o poder de derreter o valor das ações e diminuir o seu capital de maneira exponencial -, chegando a ficar no zero..

Vimos isto acontecer em 2008, com a crise do subprime, que resultou na falência de alguns bancos dos Estados Unidos – sendo o exemplo mais famoso o do Lehman Brothers Bank.

Também vimos isto acontecer em 2020, quando as bolsas de valores mundiais perderam muitos pontos e as ações das empresas listadas nas mesmas perderam bastante valor, deixando muitos investidores no prejuízo.

Se você chegou até aqui, deve estar se perguntando: o que as crises financeiras de 2008 e 2020 têm a ver com as apostas esportivas?! Diria que tudo! Você provavelmente já deve ter ouvido falar que “o sábio aprende com os erros dos outros”.

Então, sabendo que a grande maioria das pessoas que perderam mais de 50% do seu dinheiro na bolsa de valores tinha quase 100% do seu capital alocado em um único tipo de ativo, é possível evitar este erro básico dentro das casas de apostas. Como?

Não dando All In de jeito nenhum!

Muito já se foi falado sobre o lado psicológico do All In. Mas poucas vezes relacionamos o All In com o Risco da Ruína. 

Para entender melhor a mensagem que quero deixar com este artigo darei um exemplo que aconteceu com o CEO do Grupo Primo, Thiago Nigro.

CRISES

Logo que fundou sua antiga corretora de investimentos, a M. Nigro, Thiago sofreu um grave acidente de moto e, após este acidente, teve a seguinte realização: “como eu sou o CEO, a minha empresa inteira “dependia” dessa moto. Ou seja, andar de moto representa o risco da ruína, pois se eu cair e morrer acabou o meu negócio – e a minha vida também”.

Relacionando este exemplo do Thiago Nigro à nossa realidade dentro das casas de apostas, podemos dizer que a vida corresponde à nossa banca (ou bankroll, como muitos apostadores gostam de chamar).

Logo, qualquer fator que ponha em risco nossa banca deve ser tratado como risco de ruína. E existe fator mais prejudicial para o bankroll do que a incidência de All Ins?!

ALL INS

Dar um All In é a mesma coisa que aportar 100% do nosso capital nas ações de uma mesma empresa, que pode perder valor dentro de alguns meses (ou até mesmo semanas) e nos deixar no prejuízo. Já imaginou o caso de quem tinha ações do Lehman Brothers Bank lá em 2008? Viu as mesmas evaporarem em questão de horas!

A diferença do risco da ruína no mercado financeiro para o risco da ruína nas apostas esportivas é que, dentro das casas de apostas, é possível perder 100% do seu capital em questão de minutos – diferentemente da bolsa de valores, onde é possível limitar o prejuízo – exceto em casos excepcionais, como o citado no parágrafo anterior.

Um exemplo muito triste que me vem à mente enquanto escrevo este artigo é o do apostador que perdeu tudo em um All In de mais de R$ 32.000, em uma partida do Flamengo pelo Brasileirão. Acredito que muitos de vocês vão lembrar deste episódio…

  • Isto aconteceu no segundo semestre de 2020, quando este referido apostador colocou R$ 32.000 na vitória do Fla sobre o Atlético Goianiense, em partida válida pela segunda rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de 2020.

Na rodada anterior, o Flamengo havia sido derrotado por 1 a 0 pelo Atlético Mineiro de Jorge Sampaoli e contaria com a volta de vários titulares para a segunda partida sob o comando do espanhol Domenec Torrent. Enquanto isso, o Atlético Goianiense vinha muito mal e havia acabado de trocar de treinador (Cristóvão Borges por Vágner Mancini).

ALL INS

Por estes motivos, o mercado estimou o Rubro-Negro Carioca como franco favorito para este confronto e a cotação do ML (Moneyline) pagava @1.35 na Bet365. Vendo uma oportunidade de “ganhar dinheiro fácil”, o apostador citado acima aportou 100% do seu capital na vitória do Flamengo.

Na hora do jogo, não deu outra… O clube da Gávea começou muito mal e foi para o intervalo perdendo por 2 a 0. No segundo tempo, concedeu mais um gol e foi derrotado por 3 a 0 no Antônio Accioly.

O mais triste dessa história é que esses R$ 32.000 não pertenciam apenas ao apostador. Pertenciam também à esposa do mesmo. Juntos, eles estavam economizando há anos para o sonho da casa própria e do casamento – Perdi tudo nas Apostas – Reflexões sobre o All in

O marido viu uma grande oportunidade de valorizar este grande capital em 35% e acabou tomando uma das piores decisões de sua vida, que certamente teve reflexos também na sua vida pessoal. Tudo isso porque não conhecia o conceito de Risco da Ruína!

COMPORTAMENTO DISSEMINADO

E se você pensa que este é um caso isolado, está muito enganado! Vagando pelos grupos de Telegram e WhatsApp, é possível encontrar muitos outros exemplos tristes de All In, onde apostadores recreativos são seduzidos pela facilidade vendida pelos marketeiros de plantão e acabam aportando 100% do seu capital numa única aposta.

Muitas das vezes isto acontece pela falta de conhecimento. Mas também existem aqueles casos onde os apostadores possuem o conhecimento e mesmo assim insistem nesta prática, que é uma representação clara do Risco da Ruína nas Apostas Esportivas.

Entendo que é muito difícil conter a emoção na hora que uma grande oportunidade é apresentada pelas casas de apostas. Como já disse em artigos anteriores, cheguei a quebrar mais de 10 bancas, em 10 casas de apostas diferentes, por conta de All Ins.

A forma que encontrei para combater este grave problema foi a utilização de uma gestão de banca conservadora – que se provou crucial para a minha lucratividade dentro das bookies.

No Aposta Ganha, temos ótimos artigos sobre Gestão de Banca – Como fazer Gestão de Banca de Apostas Esportivas. Vale a pena estudá-los, a fim de nunca mais correr o Risco da Ruína dentro das Casas de Apostas.