Tony Ferguson vs Kevin Lee – UFC 216: No main event da noite temos em disputa o cinturão interino de pesos leves…
Divisão que tem como campeão linear Conor Mcgregor, que por andar “ocupado” a tentar outros desportos acaba por abrir espaço para que o combate deste fim de semana aconteça.
Tony Ferguson de 33 anos vai aparentemente disputar finalmente o cinturão de pesos leves do UFC.
Vencedor da 13ª temporada do TUF, Ferguson em treze lutas que disputou no UFC venceu doze e leva atualmente uma série consecutiva vitoriosa de nove lutas,
entre os quais soma sucessos frente a Edson Barboza, Rafael dos Anjos ou Gleison Tibau.
Depois de já ter estado escalado para esta disputa de cinturão em março passado, na altura frente a Khabib Nurmagomedov, a luta acabou por cair após o russo ser hospitalizado por problemas com o corte de peso.
Uma vez que Nurmagomedov ainda não se apresenta pronto para combater, eis que o UFC escalou Kevin Lee para ser o parceiro de disputa de Ferguson.
Ferguson apresenta-se como um “freestyle fighter” com um estilo pouco ortodoxo e bastante difícil de emular.
Apresenta um “striking” bem desenvolvido e volumoso com a particularidade de atacar de sítios e formas muitas vezes inesperadas. Faixa castanha de BJJ sob Eddie Bravo,
tem um jogo de submissões bastante perigoso, com chaves de estrangulamento que se adequam perfeitamente ao seu corpo longilíneo e flexível.
No seu estilo pouco ortodoxo é algumas vezes suscetível de ser acertado pelos golpes contrários, mas contrapõe com o facto de ter um queixo bastante confiável e de nunca ter sido nocauteado na carreira.
Kevin Lee de 25 anos, chega a esta disputa de cinturão de forma um pouco inesperada, mas oportunista, pois acaba por aproveitar da melhor maneira o momento ao autopromover-se da melhor forma.
Com um estilo forjado no wrestling universitário, o “Motown Phenom” como muitos wrestlers norte americanos transacionou da luta livre para o MMA e tornou-se profissional em 2012.
Com um início invicto de carreira a oportunidade no UFC chegou rapidamente e apesar de ter somado uma derrota frente a Al Iaquinta na sua estreia, somou desde aí nove vitórias em dez combates com as cinco últimas de forma consecutiva.
Na última vitória e depois de ter finalizado Michael Chiesa,
foi inteligente ao envolver-se num “trash-talk” com Tony Ferguson que naquele momento fazia comentários no estúdio da Fox o que logo aí estabeleceu um ponto de interesse para a possível luta.
A confirmação de que iria disputar o cinturão interino com Ferguson acaba por surgir após relatos de que Khabib Nurmagomedov não estaria disponível para a data marcada pelo UFC
para o combate o que abre uma gigantesca oportunidade para Lee se posicionar no topo da divisão.
Lee é aquele típico “grinding wrestler” muito forte e dominador e que basicamente usa desse domínio para fechar as potencialidades do adversário, acabando muitas vezes por aproveitar para terminar a luta através de submissão ou castigando o oponente até uma decisão.
O senão é que se não consegue estabelecer esse “gameplan” acaba por ver aumentadas exponencialmente as suas dificuldades pois mesmo sendo dono de um “striking” sólido,
esse não é de todo o seu forte e é lá que residem os seu maiores “buracos” a aproveitar pelos adversários.
Um match-up interessante e curioso uma vez que ambos os lutadores têm “backgrounds” similares de wrestling na mesma universidade do estado do Michigan nos EUA.
Ambos são também lutadores com envergaduras e alturas bem acima da média para um normal peso leve.
Contudo os dois também têm estilos de luta bem diferentes e no final de contas será aquele que conseguir imprimir o seu plano de jogo a levar o cinturão para casa.
Ferguson trás por norma um estilo e ritmo frenético à luta, sempre muito móvel e a exercer muita pressão e desgaste ao adversário.
Não acredito que aqui mude essa sua impressão digital de luta, de deixar constantemente o oponente a recuar perante o uso permanente de “jabs” e cotoveladas inesperadas.
Já Lee exerce uma pressão mais unidimensional, usando o seu “striking” como preparação dos seus “takedowns”, sempre muito poderosos e profundos,
para depois “moer” autenticamente o adversário em “ground n´pound” ou rapidamente tomar as costas do oponente para finalizar com aquela que é a sua submissão de assinatura, o “mata-leão”.
Palpites e Dicas de Apostas Tony Ferguson vs Kevin Lee:
A questão aqui vital para mim passa pela imprevisibilidade ou falta dela que cada um dos lutadores pode pôr na mesa
e nesse aspecto a vantagem vai claramente para Ferguson que para mim é um lutador bastante mais completo e criativo, com todas as ferramentas para fazer face ao estilo “wrestler” de Lee.
Kevin se não partir cedo para a tentativa de queda vai ter dificuldades em acompanhar o “striking” mais evoluído e de ângulos mais imprevisíveis de Ferguson
e sempre que estabelecer mudanças de nível de altura corporal para assumir aqueles “double legs” corre também o risco de ser apanhado pelo “D’Arce choke,
um tipo de estrangulamento na qual Ferguson é um verdadeiro especialista na forma em como utiliza os seus longos membros superiores.
De referir que o rácio de defesa de quedas de Ferguson ronda os 80% de acerto o que atesta ainda mais da dificuldade que Lee vai ter em conseguir pôr em prática aquele que vejo como o único plano de jogo que possa pôr em ação na luta.
Em suma, Ferguson é um lutador mais experiente, mais apetrechado, e que já bateu adversários incomparavelmente melhores do que a concorrência que Lee derrotou para chegar até aqui.
Seja por finalização ou na decisão dos juízes, a vitória não deverá fugir ao “El Cucuy” que desta forma se assumirá como uma forte possibilidade a ser o próximo adversário de Conor Mcgregor para aí se unificar o cinturão de pesos leves.
PALPITE Tony Ferguson vs Kevin Lee – UFC |
Ferguson |
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