O espanhol Rafael Nadal bateu Novak Djokovic, no último domingo, e venceu mais uma vez o Aberto da França. Nadal se coloca como um dos maiores de todos os tempos!
O ATROPELO SOBRE O NÚMERO 1 DO MUNDO
Historicamente, algumas competições são dominadas por certos atletas ou equipes, seja em qualquer modalidade. As condições específicas favorecem o jogo individual ou coletivo dentro do esporte, e isso serve para exemplificar a relação de Rafael Nadal e Roland Garros.
Nadal, que é o maior vencedor da competição, chegava como favorito antes mesmo dela começar. A final diante de Novak Djokovic, no entanto, embora dado o favoritismo por especialistas e bolsas de apostas, ainda se esperava um equilíbrio durante os sets.
O espanhol teve uma atuação simplesmente impecável. Se antes do jogo começar, esperava-se uma resistência de Djokovic, isto foi por água abaixo logo no primeiro set, quando Nadal aplicou um surpreendente 6/0 para cima do número 1 do mundo.
Neste primeiro set, Rafael Nadal teve apenas 2 erros não forçados, um grande volume de jogo e conseguindo além de suportar o ritmo de Djoko, quebrar 3 serviços do sérvio. Na sua vez de sacar, o espanhol ainda salvou 3 break points, não convertidos pelo seu rival.
O segundo set foi basicamente o mesmo cenário do primeiro. O sérvio não conseguia desestabilizar o jogo do espanhol, e embora tenha conseguido confirmar 2 de seus serviços, havia sido quebrado 2 vezes antes mesmo do sexto game.
Nadal apenas administrou e fechou em 2-0, com uma parcial de 6/2.
Djoko foi mais uma vez quebrado no terceiro set, quando o set estava empatado em 2 a 2. O título estava encaminhado para o espanhol, mas no seu último suspiro, o sérvio conseguiu quebrar no game seguinte.
O set foi se mantendo equilibrado até o 11º game, quando Djokovic foi para o saque e mais uma vez quebrado. Nadal já havia seu adversário em frangalhos psicologicamente, sacou com autoridade, fechou o set em 7/5 e venceu mais uma vez Roland Garros.
PORQUE NADAL ENTRA PARA A HISTÓRIA
O espanhol Rafael Nadal vai colecionando títulos e recordes. Ao vencer Novak Djokovic, neste domingo, conquistou pela 13ª vez Roland Garros.
Nadal é considerado o rei do saibro. Com um estilo rápido e agressivo, acaba por anular pontos fortes de seus adversários e simplesmente os atropela.
Nesta temporada chegou a reclamar sobre a temperatura que os jogadores tinham de encarar, e um saibro mais pesado, porém, continuou soberano.
Os recordes que Nadal vem colecionando são verdadeiramente impressionantes. A vitória sobre o sérvio foi a de número 100 na carreira do espanhol em Roland Garros, se tornando o primeiro tenista da história a bater essa marca.
São 4 títulos consecutivos no Aberto da França (2017, 2018, 2019 e 2020). Em 2016 não foi derrotado, e sim, desistiu após uma lesão. São 26 vitórias consecutivas e no Grand Slam de Paris.
Outro número fantástico se mostra na forma que Nadal conquista seus títulos: essa foi a quarta vez que o tenista venceu Roland Garros sem perder um set sequer (2008 2010, 2017 e 2020).
O “touro” Só não venceu 3 vezes desde que ganhou seu primeiro título em Roland Garros, no ano de 2005. Em 2009 perdeu para Robin Söderling, em 2015 o próprio Djokovic o venceu nas quartas e 2016 abandonou a competição.
Nenhum tenista da história conseguiu vencer por 13 vezes a mesma competição, seja Grand Slam, ATPs 250, 500 ou Masters 1000. De quebra, Nadal chegou ao seu 20º título de Grand Slam, se tornando, ao lado de Roger Federer, o maior campeão de Grand Slams da história.
Rafael Nadal é 5 anos mais jovem que o suíço, e vem mostrando uma grande capacidade de se superar, inclusive fisicamente.
NÃO SOU O MAIOR DA HISTÓRIA
Segundo o próprio Nadal, ele ainda não é o maior jogador de tênis da história. Deve se colocar o próprio Djokovic e Roger Federer nesta disputa, e ver como suas carreiras se darão daqui por diante. O espanhol não considera que números sejam suficientes para determinar quem foi o maior.
Nadal não ganha pontos no ranking pois defendeu o título de Roland Garros. Roger Federer ainda se recupera de lesão, e Djoko se mantém como número 1 do mundo.
A tendência é que consiga nos próximos anos superar Federer. Se a discussão for para o lado técnico, rende horas de debate, porém, uma tendência é que o espanhol se configure como o maior campeão de toda a história, muito em conta pelo que faz no saibro de Paris.