Por que você acha que as equipes de futebol investem tanto dinheiro nos departamentos de psicologia, Inteligência e análise Emocional?! A resposta é simples: para trazer à consciência os caminhos neurais que fazem com que os jogadores cometam erros durante as partidas e, com estas informações em mãos, buscar a correção desses mesmos erros.
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PSICOLOGIA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS APOSTAS ESPORTIVAS
Se na grande maioria dos esportes de alto nível a realidade é essa, porquê não trazemos isso para a nossa própria realidade, de apostadores esportivos?!
Em meio a tanto conteúdo e tanta teoria sobre apostas esportivas, às vezes não damos tanta importância à inteligência emocional, que, na minha opinião, é o fator preponderante para o apostador recreativo se tornar um apostador profissional.
De nada adianta você ser lucrativo em determinado esporte se não consegue se manter longe de mercados nos quais não tem conhecimento. E de nada adianta você ter conhecimento elevado sobre determinado esporte ou competição se não consegue ter controle emocional e autocontrole nas apostas quando enfrenta uma grande sequência de perdas, mais conhecida como ‘bad run’.
BAD RUN
A ‘bad run’ é algo inevitável, que hora ou outra vai acontecer. Mas aí eu te pergunto, como você lida ou lidará com isso? Boa parte das pessoas ainda estão inconscientes sobre este assunto e nunca chegaram a debatê-lo.
Mas estamos aqui pra isso. Uma ‘bad run’ pode ser equiparada a uma sequência de passes errados de uma equipe de futebol. Fazendo essa correlação, trago à tona parte do trabalho de Kathleen Krüger, chefe do departamento de psicologia do Bayern de Munique, atual campeão da UEFA Champions League e do Mundial de Clubes da FIFA.
Em entrevista dada à Sports Illustrated, Kathleen Krüger afirmou que parte do trabalho dela como psicóloga do Bayern é identificar padrões neurológicos que fazem com que os atletas da equipe tomem determinadas ações durante as partidas.
Quando um jogador erra muitos passes numa sequência de partidas, Krüger se reúne com este jogador e faz uma espécie de reengenharia da mente, buscando entender cada passo do processo de pensamento que levou o atleta a cometer determinados erros.
Este processo de reengenharia da mente é importantíssimo, pois traz à consciência os pensamentos dos atletas durante a peleja e estes mesmos atletas já ficam mais atentos acerca desses pensamentos para os próximos jogos.
Quando este mesmo processo de pensamento, responsável pelos erros de passes, for “enviado” pela mente, o jogador o percebe e não mais é “refém” dele, fazendo com que tenha mais controle emocional e tome uma melhor decisão do que fazer com a bola.
APLICAÇÃO NAS APOSTAS ESPORTIVAS
Como isso se aplica a nós, apostadores esportivos? Bom, antes de tudo, tenho extrema confiança na capacidade intelectual de cada um que chegou até aqui neste artigo. Não são muitos que buscam o aperfeiçoamento constante e por isso parabenizo você.
Dito isso, não tenho dúvidas em afirmar que você pode sim ser seu/sua próprio(a) psicólogo(a). Apesar de não ser meu curso de formação acadêmica, estudo psicologia há mais de cinco anos e pude ver milhares de casos de pessoas que fizeram a reengenharia dos processos de pensamento com sucesso e hoje tem uma vida bem mais saudável e tranquila em termos emocionais/psicológicos.
E o melhor: sem a necessidade de pagar caro por um terapeuta ou psicólogo. Como já deu pra perceber, gosto bastante de relacionar o pouco conhecimento que tenho sobre o assunto com as minhas experiências nas casas de apostas.
Como eu aplico esta reengenharia da mente no meu método de apostas esportivas? Simples. Sempre me pergunto o que me fez entrar naquele mercado. O que me fez fazer aquela aposta?!
Há algum tempo atrás, a resposta era a escassez. Escassez e abundância é outro tema bastante interessante e correlacionado com a psicologia, mas deixarei para falar sobre o mesmo em um próximo artigo.
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PROCURA POR PADRÕES
Não muito tempo atrás, eu costumava fazer apostas inconscientemente, apenas pelo prazer instantâneo de entrar no mercado. Graças ao processo de questionamento de pensamentos, percebi um certo padrão, que sempre me fazia querer entrar nos mais diversos esportes, mesmo que eu não tivesse o menor conhecimento sobre as equipes ou sobre os atletas envolvidos na peleja.
Um caso de sucesso de reconhecimento desse processo de pensamento que me levava a fazer apostas em eventos aleatórios e que me trazia sequências negativas de resultados foi na partida entre Boston Red Sox e Los Angeles Dodgers, válida pela World Series da Major League Baseball (MLB), em 2018.
Estava prestes a fazer uma aposta a favor dos Dodgers, mas, pouco antes de efetuar a entrada, reconheci o impulso que originava o processo de pensamento que me fazia entrar em mercados que não tenho conhecimento, trouxe ele à tona e, conscientemente, escolhi não entrar no mercado.
Num golpe de sorte, me poupei de perder muita grana. Isso porque o Dodgers perdeu o jogo para o Red Sox, que foi o campeão daquela World Series.
É importante entender que eu já tinha me comprometido a parar de fazer entradas em mercados aleatórios, que não tenho o menor conhecimento. Mas mesmo tendo me comprometido, eu continuava a “falhar”.
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— Apostas Esportivas ApostaganhBR (@apostaganha_BR) February 15, 2021
Naquele jogo entre Boston Red Sox e Los Angeles Dodgers, depois de um esforço consciente, consegui reconhecer o processo de pensamento e escolhi não fazer a entrada.
Pode parecer pouca coisa, mas vencer um impulso que antes era inconsciente e automático é algo sim a ser comemorado, como prova da sua evolução como apostador e prova da sua evolução como homo sapiens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Expus esta breve passagem da minha trajetória como apostador porque sei que muita gente ainda perde para o impulso de fazer entradas em mercados aleatórios.
Veja, não há nada de errado em fazer apostas em esportes que você não conhece, desde que você a faça de forma consciente, aplicando uma gestão de banca.
O problema é quando você faz isso de forma inconsciente, em momentos de ócio, onde “não há nada melhor para fazer” e você perde para o impulso de entrar no mercado.
Ainda tenho muito a melhorar neste aspecto, mas me comparando com o Felipe do passado, melhorei bastante minha abordagem nas casas de apostas e acredito que qualquer pessoa possa fazer o mesmo.
Para isso, basta um esforço consciente acerca dos próprios processos de pensamento.